O
início da educação brasileira se deu com os jesuítas, mas sua difusão se deu
com a independência do Brasil, ainda que não na intensidade ideal.
De
acordo com as leis do período, a escola deveria atender a todas as crianças em
idade escolar, embora seja conhecido que não era desta forma que acontecia. As
escolas eram de responsabilidade das províncias, e a quantidade de instituições
não aumentavam de acordo com a quantidade de alunos, como confirmam
principalmente as pesquisas com dados divulgados pelos professores da época,
informando sobre os vários tipos de alunos que frenquentavam as escolas..
Nos
anos finais do Brasil Imperial ainda se permitia a escravidão, mas havia se
reduzido a intensidade do tráfico de escravos, assim como a viabilidade de sua
mão-de-obra.
Diferente do que se acredita o senso comum, no
período anterior a república não havia proibições para que as crianças negras e
pobres não cursassem as escolas públicas. Já os filhos das famílias de classe
alta não frequentavam as mesmas, sendo acompanhadas por tutores particulares em
suas casas, de forma que os pais controlavam o que lhes era ensinado.
Afim
de cumprir as exigências de obrigatoriedade escolar da província, as escolas
públicas recebiam crianças de várias idades e faixas sociais, e os pais que se
recusavam a enviar seus filhos eram multados. Entretanto, havia a carência de verbas para fornecer materiais,
e ainda condições para as mesmas
permanecerem na escola, sendo que, em muitos casos, a família necessitava do trabalho das crianças para
complementar a renda familiar.
Não
existiam leis que proibissem a ida de crianças negras á escola, sendo que
existem documentos que comprovam a frequência destes em instituições públicas
durante o período imperial, embora fossem poucas, principalmente por ainda
existir escravidão, aumentando significamente após as leis do Ventre Livre e da proibição do
Tráfico de Escravos.
Neste
momento, as dificuldades encontradas por crianças negras de frequentar a escola
eram a mesmas encontradas pela população de brancos pobres, ou seja, mais
financeiras que por exclusão racial.
Segundo
a autora, a educação no Brasil ainda está em fase de universalização, e, embra
já tenha passado por muitas fases, nunca houve de fato uma lei que proibisse
crianças em idade de escolarização de amiudar as instituições públicas ou aulas
particulares, embora as dificuldades para a efetivação do mesmo terem sido
várias e insistentes.
Uma
grande dificuldade enfrentada era a pouca valorização popular da educação
escolar no período, onde a população era em sua maioria analfabeta, onde era de
suma importância possuir um emprego para auxiliar na renda da família.
Referência:
VEIGA, Cynthia Greive. Escola pública para os negros e os pobres no Brasil: uma invenção imperial. Rev. Bras. Educ., Rio de Janeiro , v. 13, n. 39, Dec. 2008.<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782008 000300007&lng=en&nrm=iso>.
VEIGA, Cynthia Greive. Escola pública para os negros e os pobres no Brasil: uma invenção imperial. Rev. Bras. Educ., Rio de Janeiro , v. 13, n. 39, Dec. 2008.<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782008 000300007&lng=en&nrm=iso>.
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