O
artigo trata das abordagens do processo de ensino aprendizagem. O
autor organiza os conceitos de cada uma das cinco abordagens de
acordo com os referenciais teóricos de quatro dos principais
estudiosos que analisam e comparam cada abordagem, sendo eles
Bordenave(1984),
Libâneo (1982), Saviani (1984) e Mizukami(1986),
sendo este último utilizado como base para comparação aos demais.
Os referenciais teóricos são analisados sob quatro aspectos: o
aluno, o professor, a escola e o processo de ensino aprendizagem.
Vale ressaltar que o processo de ensino aprendizagem é composto,
segundo Vatan, por duas partes: “ensinar, que exprime uma
atividade, e aprender, que envolve certo grau de realização de uma
determinada tarefa com êxito.” (p. 19)
Abordagem
Tradicional: A
prática educativa é caracterizada pela transmissão do
conhecimento, sendo o professor autoridade máxima em sala de aula,
responsável por essa transmissão independente do interesse dos
alunos. O aluno é um ser passivo, e deve assimilar com eficiência
os conteúdos ministrados. Há o predomínio de aulas expositivas e
exercícios de fixação.
Abordagem
Comportamentalista: Bordenave a define como pedagogia da moldagem do
comportamento; segundo essa linha, o homem é produto do meio, e pode
ser manipulado por pela transmissão do conhecimento. O
ensino deve lançar mão de reforços e recompensas para alcançar
seus objetivos por meio de treinamento. A escola é vista como
“agência educacional”. O educador seleciona os conteúdos e
aplica de forma que garanta a eficiência do ensino, e o aluno
eficiente lida de forma científica com os problemas da realidade. O
processo de ensino aprendizagem tem foco nos recursos utilizados para
incutir nos alunos os comportamentos desejados.
Abordagem
Humanista: O ensino é centrado no aluno. Aqui, o professor é visto
como facilitador da aprendizagem, já os conteúdos são externos,
valorizando a relação das pessoas envolvidas. “...O professor
agiria como um estimulador e orientador da aprendizagem.” (p 24) O
processo de ensino aprendizagem obedece o desenvolvimento psicológico
do aluno.
Abordagem
Cognitivista: Também conhecida como piagetiana, por sua grande
contribuição. O pensamento é a base da aprendizagem, que se dá
pela interação entre sujeito e objeto através da modificação de
estruturas mentais já existentes. O professor deve criar situações
desafiadoras que estimulem o aluno a “aprender a aprender”. O
ensino deve desenvolver a inteligência considerando o aluno um ser
social.
Abordagem
Sociocultural: Aqui o sujeito é considerado elaborador do
conhecimento, e a aprendizagem não se dá somente na escola. A
educação é um ato político. Tanto professor quanto aluno são
sujeitos do ato do conhecimento, sendo o processo horizontal e o
professor com dever de direcionador. “Os temas geradores para o
ensino devem ser extraídos da prática de vida dos educandos.” (p
27)
Antes
de concluir, o autor ressalva que as classificações não tem
limites fixos, e os referenciais teóricos não são fechados, sem
pontos de interligação. Também a educação e a escola não deve
ser analisada em considerar a sociedade em que está inserida.
SANTOS, Roberto Vatan dos. Abordagens do Processo de Ensino e Aprendizagem. Integração. JAN. FEV. MAI. 2005 ANO XI, Nº 40 19-31
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