TEORIAS DE CURRÍCULO: TRADICIONAL, CRÍTICA E PÓS CRÍTICA

TEORIAS TRADICIONAIS	TEORIAS CRÍTICAS	TEORIAS PÓS CRÍTICAS
ENSINO o professor é o centro do processo	IDEOLOGIA questiona as desigualdades provocadas pela visão tradicional no sistema de ensino. Desloca a ênfase dos conceitos pedagógicos do processo ensino-aprendizagem para conceitos ideológicos	IDENTIDADE, ALTERIADE, DIFERENÇA Tentativa de dar voz aos subalternos excluídos de um sistema totalizante e padronizado.
APRENDIZAGEM aluno passivo e receptivo, espectador sendo preparado para aprender a fazer	REPRODUÇÃO CULTURAL E SOCIAL a educação tem sido um lugar de condicionamento e reprodução da cultura da classe dominante, das elites, da burguesia.	SUBJETIVIDADE Não toma a realidade tal como ela é e sim como o que os discursos sobre elas dizem como ela deveria ser. A realidade não pode ser concebida fora dos processos linguísticos de significação.
AVALIAÇÃO constatar se os alunos atingiram os comportamentos desejados, deve reproduzir na íntegra o que foi ensinado	PODER Luis Althusser analisa a escola como um Aparelho Ideológico do Estado , ou seja, como instrumento de reprodução da sociedade de classes e que atua no sentido de sustentar a manutenção do status quo sem criticar e sem ver a desigualdade inerente à estrutura do capitalismo.	SIGNIFICAÇÃO E DISCURSO Busca de superação da visão de mundo positivista, tecnocrática e racionalista de conhecimentos padronizados e verdades,
METODOLOGIA currículo neutro, garantindo o funcionamento da escola semelhante  a uma 'fábrica', embasado nas necessidades da vida adulta	CLASSE SOCIAL Um grupo tem sua origem, seu capital cultural fortalecido e reconhecido, outro sofre exatamente o contrário.	SABER-PODER O poder é ainda importante, mas encontra-se descentrado, “espalhando por toda a rede social”.
DIDÁTICA ordenar os conhecimentos em normas, leis ou fórmulas	CAPITALISMO Através destas reproduções estrutura social e econômica das sociedades capitalistas se mantêm, e as classes se reproduzem garantindo o processo de reprodução social. Michael Apple explicita que “há uma clara conexão entre a forma como a economia está organizada e a forma como o currículo está organizado”.	REPRESENTAÇÃO distingue o currículo como uma linguagem dotada de significados, imagens, falas, posições discursivas e, nesse contexto, destaca que nas margens do discurso curricular se comunicam códigos distintos, histórias esquecidas, vozes silenciadas que, por vezes, se imiscuem com o estabelecido, regulamentado e autorizado.
ORGANIZAÇÃO divisão de disciplinas	RELAÇÕES SOCIAIS DE PRODUÇÃO é no interior da cultura , (a cultura é o conteúdo da educação, enquanto sua fonte e justificativa), que a escola faz uma seleção daquilo que da experiência humana considera adequado para transmitir às novas gerações.	CULTURA A vida cultural é vista como "uma série de textos em intersecção com outros textos, produzindo mais textos. O impulso destrucionista é procurar dentro de um texto por outro, dissolver um texto em outro ou embutir um texto em outro”. Harvey
PLANEJAMENTO conteúdos enciclopédicos passados como verdade absoluta repassados como verdade absoluta e ordenadas numa sequencia lógica e psicológica	CONSCIENTIZAÇÃO propõe-se assumir uma postura de desconfiança, questionamento e transformação radical.	GÊNERO, RAÇA, ETNIA, SEXUALIDADE mapa do poder é ampliado para incluir os processos de dominação centrados na raça, na etnia, no gênero, na sexualidade.
EFICIÊNCIA “neutra”, científica, como um saber desvinculado das relações de poder e coloca-se como o saber legítimo, universal, do interesse da humanidade como um todo indistinto.	EMANCIPAÇÃO E LIBERTAÇÃO O currículo é um local no qual docentes e alunos têm a oportunidade de examinar, de forma renovada, aqueles significados da vida cotidiana que se acostumaram a ver como dados naturais.	MULTICULTURALISMO Superação das verdades absolutas, primazia do discurso sobre a realidade explicada em sua concretude; movimento ambíguo de adaptação e resistência
OBJETIVOS *transmitir conhecimentos acumulados pela humanidade *preparação moral e intelectual dos indivíduos para a sociedade	CURRÍCULO OCULTO conjunto de normas e valores implícitos nas atividades escolares
	RESISTÊNCIA crítica à racionalidade técnica da escola, não existe uma cultura da sociedade, unitária, homogênea e universalmente aceita e praticada e, por isso, digna de ser transmitida às futuras gerações através do currículo. A cultura é vista menos como uma coisa e mais como um campo e terreno de luta. A cultura é o terreno em que se enfrentam diferentes e conflitantes concepções de vida social, é aquilo pelo qual se luta e não aquilo que recebemos.