Reprodutivo ou reprodutor:
fortemente relacionado á nossa memória, consiste na capacidade de
reproduzir ou repetir normas de comportamento anteriormente criadas, ou
relembrar impressões passadas. A atividade não cria nada novo, limitando-se a
repetir com maior ou menor precisão algo já existente. Isso facilita a
adaptação ao meio exterior.
Outra atividade é a imaginação ou fantasia, por exemplo, quando imaginamos alguma
projeção para o futuro. Toda atividade
humana que não se restringe á reprodução de fatos e impressões vividas pertence
a segunda função criadora ou combinatória. Somos capazes de reelaborar e criar,
a partir de elementos de experiências passadas.
RELAÇÕES ENTRE IMAGINAÇÃO E CRIATIVIDADE
·
Qualquer ato imaginativo se compõe sempre de elementos tomados da
realidade e e extraídos da experiência humana pregressa. A fantasia se constrói
sempre a partir dos materiais captados do mundo real interagindo de forma
criativa.
·
A
imaginação não apenas reproduz o que foi por mim assinalado das experiências
passadas, mas cria, a partir dessas experiências, novas combinações. Esta forma
de ligação é possível apenas graças á experiência alheia ou á socialização. Desse modo, pode-se imaginar aquilo que nunca viu, e
representar para si uma experiência pessoal que não existiu.
·
Conjunção
emocional: todo o sentimento e emoção tendem a revelar-se em determinadas
imagens que lhes correspondem, como se a emoção tivesse a capacidade de
escolher as impressões, os pensamentos e as imagens que estão em consonância
com um determinado estado de humor e disposição que nos domina nesse exato
momento. Todas as formas da representação criativa
tem em si elementos afetivos.
·
A
construção da fantasia pode representar algo essencialmente novo, não existente
na experiência do homem, nem semelhante a um objeto real, porém, ao assumir uma
nova forma material, essa imagem "cristalizada", convertida em
objeto, começa a existir realmente no mundo e influencia outros objetos. Tais
imagens tornam-se realidade. A exemplo os
dispositivos técnicos, que não são semelhantes a nada na natureza, mas dão
origem a uma realidade prática, exercendo influencia no universo que as cerca.
VYGOTSKY, Lev. A imaginação e a criação na infância. São Paulo: Atica, 2009, p. 1-33
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